GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

sábado, 22 de julho de 2006

Palmadas... até que ponto são válidas - ou não?

Voltemos aos assuntos mais cabeça.

Dessa vez, trago à mesa um assunto um tanto polêmico no meio familiar, as palmadas.
Tem gente que acha que palmadas são intoleráveis, tem gente que acha que a palmada educativa é válida e tem gente que simplesmente desce a mão pra valer.

Esse foi o tema de um redação da escola esse ano e, segundo a estatística que minha querida professora Fernanda fez, 90% dos alunos se mostraram a favor das palmadas, o que pra mim foi um tanto surpreendente.

Abaixo vai o que eu escrevi e mantenho como posicionamento acerca da questão. Peço que leiam e dêem as suas opiniões também. Afinal, um tapinha não dói?

UM TAPINHA NÃO DÓI?!?!

Os pouco raros casos de pais e mães que usam da violência com seus filhos levantaram a polêmica acerca das palmadas e seus abusos, levando, até mesmo, à criação de um projeto de lei que visa a proibir essa atitude. Tão paradoxais quanto as guerras pela paz de Bush, as palmadas ditas educativas, ainda que supostamente dadas com amor, mostram-se prejudiciais à formação das crianças, devendo ser eliminadas, se não pelo bom senso dos adultos, então pelo poder coercivo do Estado.

É natural que as crianças, por ainda não estarem psicologicamente desenvolvidas e conscientes de seus atos, comecem a agir a exemplo dos adultos, especialmente dos pais. Sendo assim, atitudes agressivas por parte desses despertam nos pequenos o espírito da violência e da agressividade, gerando posturas de intolerância, que são carregadas adiante, podendo-se ter, em fases posteriores da vida, comportamentos de “pitboys” e afins.

Além disso, vale lembrar que as palmadas só possuem efeito porque as crianças passam a evitar certas atitudes passíveis de castigos. No entanto, esse alinhamento obtido não deve ser confundido com educação, que pressupõe que o indivíduo entenda as razões pelas quais deve ou não de proceder de certa forma e, assim, aja adequadamente. Esse processo, porém, muitas vezes exige dos pais uma paciência e compreensão de que eles não dispõem, e a punição física acaba sendo mais cômoda.

Embora a maioria dessas punições sejam brandas, limitando-se ao clássico tapinha no bumbum, há muitos adultos que se descontrolam e, enfurecidos, acabam espancando e agredindo seriamente seus filhos. Tal ato é crime, não podendo ser desqualificado como tal apenas por estar contido na relação pai e filho, pois as agressões desse nível, além de ferirem a criança, podendo matá-la, geram nela traumas muitas vezes irreversíveis, que podem ter repercussões futuras desastrosas.

Diante de tantos problemas citados, é inquestionável que os prejuízos das palmadas e seus abusos a quem as leva justificam, por si só, a intervenção do Estado no sentido de proibir essa prática. Além disso, esse tipo de violência fere os Direitos Humanos, visto que ninguém tem a posse sobre o corpo do outro. Sendo assim, a sociedade deve favorecer o prosseguimento do projeto de lei em questão, a fim de consolidar sua aprovação e fazer com que as palmadas , enfim, dêem lugar ao diálogo e ao entendimento mútuo, peças-chave para qualquer relacionamento.

(Ouvindo: Muse - Deadstar (viciante!))

6 comentários:

Anônimo disse...

Na sétima série eu aprendi que os "selvagens" na verdade eram os que se diziam civilizados, pois para educar seus filhos usavam a agressão física, achando que eles poderiam aprender alguma coisa. E de fato aprendem que se fizerem o que fizeram de novo sabem que vão levar palmadas. Mas se forem aprender assim, vão usar o mesmo método em seus filhos e assim sucessivamente. Já os índios eram os mais civilizados pois quando a criança fazia algo de errado, era posta dentro de um círculo de onde não poderia sair até entender que errou. E o pai ficava de costas para ela. Sem falar nada. Eu acho que vou ser uma índia, mas em vez de círculo, vou usar um banquinho ou algo assim. Civilizadamente, eeeeee. :D

Anônimo disse...

Se eu ainda levasse palmadas, ia logo mostrar isso pros meus pais.

Anônimo disse...

Olha eu num tenho trauma de ter levado palmadas...Tipo eu mereci as palmadas sabe(hehe),e eu aprendi a nao ser malvada em parte por elas(hauhua me imagina malvada lol)....Eu acho q dependendo da situaçao as palmadas nao sao erradas...eh claro q se vc vai ficar dando porrada no seu filho ou palmada soh pq ele falo alguma besteira qualquer q vc num gosto eh errado...mas eu acho q se vc conversar com a criança e nao der certo e a criança estiver passando dos limites será merecido(Eu realmente acho q num vou conseguir dar palmadas no meu filho pq eu vo ficar com mt pena =P).
Entao eu acredito q as palmadas podem ser usadas porém como ultima alternativa sempre.

Anônimo disse...

tipo no meu caso o meu pai soh partia pras palmadas quando eu sabia q estava errado e continuava fazendo, como brigar com minha irma hehehe
mas o castigo corporal nao deveria existir pois cria uma relaçao instavel entre pai e filho, uma obediencia movida pelo medo de apanhar
e, nao dificilmente, o pai e/ou a mae nao teriam mais autoridade sobre o filho quando este crescesse e se tornasse mais forte que eles
esse tipo de educaçao faria tbm com q os filhos q apanharam, quando tiverem filhos, provavelmente, aplicarao o mesmo metodo de "ensino", criando um circulo vicioso

Anônimo disse...

Cara! Já te falei o q achei dessa redação quando você me mostrou ela um tempo atrás né, foda! uahuahuah em casa eu levava umas palmadas fora de hora e isso influiu na minha relação hoje com meus pais, vc tinha q ter feito isso e me mostrado a uns anos pra eu mostrar pra eles hauhauhauhauha muito bom! Abração

Anônimo disse...

E será que uma lei funcionaria?

Se já existe a imensa de dificuldade de fazer com que mulheres adultas percam o medo da denúncia, o que seria das frágeis crianças que a cada porrada ficam mais fracas e problemáticas?

Mas isso falando de porradas de verdade, acho que as palmadas fracas em que a criança realmente não sente dor, ocasionadas por uma mal criação que ela tenha feito, são válidas e servem de alerta pra que o que ela fez não se repita. Aliás, tenho certeza que é desse tipo de palmada que os 90% dos estudantes se colocaram a favor.

Talvez se os pais que batem pra valer tivessem conhecimento do que poderiam ganhar de um filho saudável e feliz sem a agressão e do que perdem tendo um filho que apanha, as coisas mudassem um pouco...

Mas vai entender a cabeça de um ser que é capaz de fazer uma coisa dessas :P

Enfim...

(Ah, tenho você no meu orkut por algum motivo que minha memória não permite citar... :| Achei esse link lá faz um tempo e já li algumas coisas daqui, mas só hoje resolvi comentar heuhaeua)