Escrevo não mais porque quero só me expressar e mostrar - demonstrar - o quanto eu posso ver o mundo igual de uma forma diferente. Como se eu pudesse ver esse tal do além, essa tal balela do "beyond", tão arrogante quanto o inglês nele impregnado.
Escrevo hoje porque quero despertar empatias e catarses. Empatias, porque quero que o leitor, você, sinta-se no meu lugar. Sinta o meu sujeito que se materializa em emoção no objeto que eu projeto, no texto que se coloca.
Catarses, porque quero que você sofra junto, sofra daquilo que você também tem a partir do despertar do que estava latente.
Quero que você venha me dizer não que eu o tenha convencido de algo, mas que eu tenha feito você sentir algo que você já tenha sentido ou ainda sinta. Quero que você vibre comigo. Quero que você torça junto. E se for pra sentir de fato só depois, que se lembre do que já sentiu virtualmente por aqui.
Quero que o texto seja só o pretexto, a função fática, para a nossa intersubjetividade. Eu e você. Você e eu.
Meus personagens são só canais. Minhas letras são pontes com diferentes contornos. Meu texto é só um texto, que não existiria sem mim... e nem sem você.
As coisas aqui são quase quase como um "So What's Between?". A última palavra do blog deveria ser um x, a ser preenchido com alguma preposição de lugar em inglês.
E omitir a preposição pode ser o melhor comentário para esse texto, se a insolência for a sua resposta.
"So what?"
E eu respondo: nada.