GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

facebook

o vazio do facebook é o vazio da própria vida.

uns começam a namorar...
as amigas dizem "ai que fofo", como se a vida fosse um filme da disney.
os amigos lamentam um a menos na guerra... mas daqui a pouco voltará.

outros terminam o namoro...
as amigas dizem "ai que pena", como se o filme da disney agora virasse uma comédia romântica e essa fosse só uma entrecena rumo ao final feliz.
os amigos comemoram, ou bebemoram, se o cara precisar afogar as mágoas: já aconteceu com todo mundo.

uns reclamam de futebol... isso quando UFC não tá na moda.
uns reclamam da vida... conheço um bem reclamão até.
uns reclamam do próprio facebook: sempre tem espaço para ser meta.

outros postam fotos, quantas viagens...
mas tem que ser para europa ou para nova iorque.
se botar foto da disney, é porque tem 15 anos.

facebook virou a alternativa não-paraíba frente à popularização do orkut.
mas por quê? agora tem nojinho virtual?

uns trocam a foto para aderir a movimentos fofos: personagem de desenho animado, êba!
uns curtem causas: tem que parecer engajado até aqui, né!
outros ficam no batepapo... puta que pariu: faltou inventar a função invisível e inventar um som melhor.

a boa do facebook é curtir. você clica e pronto.
ainda fica parecendo reservado ou um dropador de tiradas.
(não sei de onde tiraram que ser lacônico é chique).

tédio e facebook parecem feitos um para o outro.
ainda mais se tiverem inventado o F5.
vira uma compulsão!

Assinado: quem não vive sem.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

epílogo epistolar

(setembro / 2010)

engraçado ver como você saiu mesmo da minha vida. hoje vi sua foto e olhei lá no fundo do brilho dos teus olhos: eles não mais me comovem, por mais enigmáticos que ainda possam parecer.

talvez você ainda me inspire este texto, mas sou só alguém que ri de uma desgraça superada. este texto não rende homenagens a você. ele é na verdade uma homenagem a mim mesmo: acho-me bom por ter saído fora do poço que você me significou.

tuas músicas não mais me tocam, nossos lugares não mais me mexem, tuas lembranças são neutras.

convivo com teus fantasmas como se ordinários fossem. também nunca esperei os esquecer de vez. eis que de repente, você está ali me olhando... mas eu só volto a viver. emito uma auto-nota de "i see dead people" sem me alterar em um batimento cardíaco sequer.

meu coração ainda se debate - ainda bem! - por mais que combalido: sinto-o pulsar como um ex-combatente que bem conheceu os horrores da guerra e hoje anda com mais calma.

minha sensação é a de final de filme, e agora me coloco a resenhá-lo, como se o fade out estivesse a se aproximar. fui o protagonista e - acredite! - o antagonista do meu próprio enredo, uma trama de romance que virou superação, exatamente no dia em que percebi que não era você a atriz principal, mas limitava-se a uma mera coadjuvante. a história era toda minha. o roteiro era todo meu. o conflito era todo meu, o conflito era todo eu.

sem mais delongas, esse óscar eu dou a mim mesmo.