GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

sábado, 10 de outubro de 2009

A ESPERANÇA E A CERTEZA

A esperança deve ser algo como uma versão mais modesta da certeza. Quase um artifício retórico para não soarmos tão pretensiosos. Digo isso porque a esperança também convence nosso querer e nosso pensar... é a grande fomentadora de ilusões. E porque a certeza é uma grande desilusão, embora, sem se perceber, seja também um pouco iludida: pensa-se não haver mais dúvidas em relação a um futuro ou a um quase-presente... mas o futuro é o reino do incerto, nele o que fazemos é passear nas nebulosas aléias da alea.

A esperança e a certeza, ambas trazem um certo frisson: uma é a expectativa da confirmação e a outra é o medo de dar errado. Mudando o que se deve mudar, é um pouco como aquela história de copo meio cheio e meio vazio. Tudo depende do ponto de vista, que por sua vez depende de como acordamos no dia, o que pode inclusive estar relacionado a como o dia está: a quantidade e a posição das nuvens são variáveis desse resultado.

E a vida às vezes me parece um pouco como a previsão do tempo, na verdade. Nenhuma relação entre o presente-vivido e o amanhã-esperado é conclusiva. Sempre há alguma esperança ou alguma certeza de que amanhã vai fazer um sol maravilhoso, quer se anuncie o dilúvio, quer se anuncie a calmaria. Fato é que a nossa vontade e o nosso agir também contam um pouquinho para mudar o rumo das coisas. O quanto, eu não sei. Eu ainda não acho que sou São Pedro, mas já venho lá reduzindo minha emissão de CO2 para o tempo não ficar tão catastrófico. E diante da tempestade, sempre tem a possibilidade de se ir para uma cidade onde está fazendo muito sol. As vezes ela nem é tão distante...

sábado, 3 de outubro de 2009

cortar as unhas

Percebo que está tudo muito corrido na vida quando eu vou cortar as unhas e elas estão grandes, mas parece que foi logo ontem que eu as cortei pela última vez.
Explico e é fácil de entender: cortar as unhas é um momento de reflexão, igual à hora em que se fica debaixo do chuveiro,  ao lapso em que se coçam as costas ou ao ínterim ("vareia" de um segundo a algumas horas", vide o que eu escrevi sobre insônia) entre encostar a cabeça no travesseiro e efetivamente dormir.
Cortar as unhas é mais do que um ato de higiene. É um ato de auto-preservação e, também, de preservação alheia. Você destrói uma de suas armas, tolhe suas garras em nome de o tiro não sair pela culatra.
Cortar as unhas é um ato de auto-conhecimento. E não é a toa que as manicures têm seu lado psicóloga...