GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

domingo, 18 de março de 2007

INFORMAÇÕES ÚTEIS

[impróprio para menores de 18 anos - estou usando carteirinha falsa para escrever]

"Noite Caliente: Siri compra enxoval erótico para primeira noite com Alemão." captado pela visão no TV FAMA.
Se ele recusar a moça, cujo nome já sugere uma solitaria, poderá deleitar-se com as estampas da roupa de cama. Cada um na sua, é claro.

"Família tenta viver um ano sem papel higiênico." (Terra)
Aposto que assinaram algum jornal. Dingo-bel, dingo-bel.

"Glória Maria deixa seios a mostra ao usar vestido transparente." (Terra)
Não, obrigado.

"Com filha presa, Claudete Troiano deixa de fazer programa." (Terra)
Conseguiram ser mais maliciosos que eu. Bom, até onde eu saiba, ela é apresentadora de TV, não praticante da profissão mais antiga do mundo.

"Luma de Oliveira está com namorado novo." (Terra)
Ok, anotado.

"BBB: Bruna diz que já comeu fezes." (Terra)
Estavam eles brincando de "eu já"?

"Sasha já é pré-adolescente" - Revista Caras, há uns meses atrás.
Agora que Dona Hipófise já deu seu alô, as próximas serão "Sasha já usa sutien" e "Sasha já usa absorvente".

"Antonio Carlos Magalhães tem alta" - Caras
Já que teve alta, porque não subiu de vez?

"A Adriana Bom Bom come 20 claras de ovos por dia, ela malha, exercita-se... 20 claras, a Adriana Bom Bom..." - captado pela audição, domingo de manhã.
Sem comentários.

"Ana Maria Braga não quer presentes de casamento" - O Fuxico
É que, como vocês sabem, geralmente presentes de casamento são chiques, o que não combina com ela.

"Passarinhos urbanos cantam rap, diz estudo" - Terra

Ah se todo rap fosse de passarinho...

"'Eu devia ter lavado as mãos' diz Analy sobre Fani" - Terra
Mas é claro! Antes e depois, aliás!


Como bem diz um querido professor meu, estou (ou tento ser) cáustico.


Foto minha, montagem minha - Flickr

Aos prantos.

Começamos a vida chorando. Pais e familiares vibram com o nosso primeiro choro, afinal, é a primeira demonstração de saúde que damos. Na vida de recém-nascido, o choro é a nossa única maneira de expressarmos, ainda que de forma imprecisa, as sensações que nos importunam.
Da linguagem do choro até as primeiras palavras, ainda há muito chorinho a ser dado, principalmente naquela hora em que deixamos de ser os rapaizinhos e mocinhas de 3, 4 ou 5 anos que querem que sejamos e pedimos a mamadeira, a chupeta ou o denguinho na hora de dormir. É o choro de birra, por fome ou por sono.
Temos os nossos primeiros contatos sociais logo que entramos para a escolinha e, até que nos adaptemos satisfatoriamente ao novo ambiente, ainda há muito a se chorar. É o choro pelo qual se chama mamãe.
No entanto, tão logo estejamos integrados aos coleguinhas de pré-escola, chorar é um ato que traz humilhação, sendo alvo da primeira manifestação de escárnio possível, quase um embrião do "bullying": Seu bebê chorão!

A partir da adolescência, chorar ganha várias interpretações, por quem chora e por quem presencia o momento. O choro de desabafo caracteriza-se por poder servir como maravilhosa via de catarse, ou seja, uma forma de liberar tensões ou emoções reprimidas, a ser usada em horas escolhidas pelo usuário, tal qual um calmante. No entanto, é para muitos uma demonstração de instabilidade emocional e, em vez de se dizer "que bebê chorão", sugere-se que a pessoa vá ao analista.

O choro de desespero normalmente associa-se a gritos e a situações de estresse que aparecem inesperadamente e de maneira aguda. Uma mãe que vê seu filho sendo levado por seqüestradores (para não falar do caso recente do João Hélio) ou alguém que recebe uma trágica e arrebatadora notícia não se acanhará em gritar e espernear, como se pedisse ajuda, piedade ou coisa que o valha.

Não se esqueça o choro seco, por dentro. Aquele que quer sair, mas não consegue. Na verdade, traduz-se numa ânsia de choro, e acompanha tristeza, poucas palavras e feições serenas, expoentes de um desencanto com algo da vida ou com ela própria. Depressivo e negativamente contagiante.

Há também o choro social. Discreto, controlado e apresentável, mas nem por isso menos verdadeiro. São lágrimas que escorrem com discrição, óculos escuros em dias de chuva, lenços à mão, além da voz baixa e nefasta. Comum em enterros e missas de sétimo dia.

E como não falar, é claro, do choro de alegria? Um choro reconfortante, que alivia e enaltece, em geral conseqüência de uma boa notícia. Às vezes, confunde-se com o choro pós-susto.

No entanto, nem sempre chorar é uma atitude sincera. Para muitos indivíduos, o choro com lágrimas de crocodilo é um dos mais eficazes e apelativos métodos de exercer chantagem e manipulação.

Chorar também pode ser algo profissional. Acredite ou não, há mulheres que trabalham como carpideiras, pessoas contratadas para chorarem em velórios e enterros. Ah, claro, como poderia me esquecer da dramaturgia, cujos praticantes são especialistas em forjar choros dos mais naturais possíveis?

Nem todos sentem-se à vontade para chorar. O sexo masculino, principalmente, é socialmente impedido de tal ação, devido à conotação negativa que essa atitude ganhou, sendo habitualmente relacionada a desvios sexuais e fraquezas de espírito.

Chorar está relacionado de forma intrínseca ao ser humano. Alguns o fazem em maior quantidade, outros menos, outros não fazem. Alguns por motivos banais, outros por motivos razoáveis e outros por razões menores, bem menores.
De maneira geral, o choro é mais uma forma de exposição, às vezes liberação, do que sentimos, muitas vezes procurando ajuda no outro. Entretanto, nem sempre esse outro recebe de maneira aberta e solidária o clamor emitido. Não por acaso, há o ditado popular sobre cuja temática já escrevi anteriormente: "pimenta nos olhos dos outros é refresco". Se pudesse, trocaria a forma verbal "é" por "ocasionalmente pode ser". Afinal, se não fosse a solidariedade, que, embora hoje deturpada, é base e princípio da sociedade, o que seria de nós? Não sei, talvez fôssemos mais chorões do que já somos, apenas por não podermos contar uns com os outros.

sexta-feira, 16 de março de 2007

METALINGUAGEM

"Quando escrevo, tento ficar igual ao ar que é colocado para dentro dos pulmões. Inspirado."

F E L I P E D R U M M O N D
(em momento de fecunda criatividade)

terça-feira, 13 de março de 2007

O QUE VALE É A INTENÇÃO?

Gostaria de trazer à reflexão o seguinte assunto: até que ponto pensar em fazer algo se compara a de fato fazê-lo?
Exemplificando: desejar trair é tão grave quanto trair? Desejar matar é tão grave quanto matar? Desejar ajudar é tão louvável quanto ajudar?
Devolvo as perguntas transformando em interrogação um discurso comum no contexto de aniversariantes que deparam-se com presentes mixos: O que vale é a intenção?

Dar a mesma resposta a cada uma das inúmeras situações em que essa pergunta é cabível seria uma generalização incrivelmente tola, portanto, trarei alguns casos à discussão, a começar pelo primeiro exemplo.

I. O PRESENTE INDESEJADO
Pr-s (pre-scriptum): pergunto-me se com 5 anos, a criança já faria esse questionamento... será?

O aniversário de cinco anos traz consigo o deslumbramento de completar uma mão inteira na contagem das "primaveras", assim como a sensação de grandeza, imponência, afinal, são cinco anos! Festa de aniversário, bolo, guaraná, muitos doces para você. E, claro, como não poderia faltar, presentes. Depois daquela farra toda de correr, pular, brincar, cantar, comer e receber os cumprimentos de todos, chega a hora de abrir os tão esperados presentes, tão sonhados desde o último aniversário. A ordem de abertura é sempre a mesma. Primeiramente, abrem-se os embrulhos grandes, que aparentam ter caixas dentro e que, quando sacudidos, fazem barulhinho de plástico batendo por dentro. Geralmente, esses embrulhos costumam ter brinquedos dos bons. Em seguida, é a vez dos embrulhos menores, mas que ainda aparentam ter caixas e fazem o famigerado barulhinho. Esses tem brinquedos do tipo cacareco, exceto se for Lego. Por último, vêm os embrulhos moles, macios, que geralmente contêm os presentes que nenhuma criança quer receber: roupas. A decepção é instantânea e arrasadora com esse tipo de presente, que geralmente, é dado por pessoas de certa idade, como tias-avós e avós.

Se a criança ainda tem sua sinceridade aflorada, é natural que ela se manifeste claramente sua decepção com o presente que ganhara. Nessa hora, pode vir um pai, uma mãe, ou um irmão mais velho consolar o pequeno decepcionado. Após um breve e ineficaz discurso sobre o valor das roupas, sua utilidade prática e a beleza do presente ganho, é possível que se chame o recurso de dizer que o que vale é a intenção, a fim de que a criança não fique chateada com aquela tia-avó que deu o presente

É razoável? Sim, afinal, a dileta senhora teve o carinho de comprar alguma lembrancinha e, provavelmente, jamais passou por sua cabeça o desejo de desapontar o pequeno. Na verdade, ela apenas foi infeliz em comprar a lembrança , talvez porque na sua época roupas eram presentes que crianças gostavam, evidenciando aí a diferença de gerações, ou porque escolher uma roupinha que fique engraçadinha é mais fácil do que optar por um brinquedo dentre muitos numa loja infantil de grande variedade. Numa próxima vez, ela acerta!

II. DE BOAS INTENÇÕES, O INFERNO ESTÁ CHEIO
Com lugar cativo no hall das frases feitas, essa sentença resume o comportamento de muitas pessoas que, por mais que desejem fazer boas ações, acabam desvirtuando-se da intenção original por várias razões. Há os preguiçosos, para os quais tudo só funciona da boca pra fora e que, quando se vêem diante de pôr em prática tudo o que preconizam, preferem ficar sentados na cadeira, só coordenando. Há também os covardes, que na hora H amarelam, inibidos por n outros motivos. Para esses, meu pesar: de que adianta ter uma boa intenção se ela não é honrada?
Não podemos nos esquecer, porém, dos desajeitados e azarados, que tentam, tentam mas não conseguem chegar aonde precisam e aí fracassam. Seria injusto não levar em conta a perseverança e a atitude da pessoa e, para esse caso, acho que é válido aceitar sua boa intenção e dar-lhe uma outra chance para o acerto.

III. PUNE-SE A TENTATIVA?
Depende. Analisando pela lei, vemos que a tentativa não é punida quando o crime não se consuma por ineficácia absoluta do meio ou impropriedade do objeto, isto é, quando não há maneiras disponíveis no momento de se praticar o crime. É como tentar matar alguém a petelecos. É diferente, portanto, de alguém que atira em outro a fim de matar, mas o tiro pega na perna e a vítima sobrevive.
Considero que a mente criminosa não é ocasional ou aleatória. Às vezes, desejar matar alguém acontece em momentos de raiva, insatisfação e etc, mas controlamo-nos suficientemente para que isso passe sem maiores resquícios. No entanto, isso pode persistir a ponto de gerar agressividade, hostilidade e outros "ades" que perto de armas - brancas ou de fogo - criam um meio de alta eficácia e aí não será punida a tentativa, mas sim o crime consumado. É bom não esquecer que as ações práticas sempre começam em pensamentos.



Ando meio frustrado com a baixa participação de meus queridos leitores, que nas últimas mensagens não me presentearam com seus comentários. O que tem acontecido?

PS: A título de curiosidade, informo que esse texto foi elaborado ao longo de quatro meses. Intenção persistente a minha, não?


(Ouvindo: Deep Purple - Strange Kind Of Woman
Radiohead - Paranoid Android)

terça-feira, 6 de março de 2007

CHUTANDO A "PEDRA NO MEIO DO CAMINHO".

ANALISANDO O ATO DE BURLAR, EM VÁRIAS SITUAÇÕES



A regra geral válida para todos que passem por aqui é ler esse texto. Pode ser por consideração à minha pessoa ou ao meu texto, por extrema falta do que fazer, por gosto pela leitura, enfim, espera-se que você leia. Mas você pode burlar essa regra e simplesmente ir fazer outra coisa. Que tal? Tome sua decisão.




Obrigado por chegar até aqui. Você não burlou a regra, essa em específico, mas de fato já burlou muitas outras. Algumas delas eram burras, sem razão de ser, regra pela regra, ao passo que outras não. Em algumas vezes você o fez de maneira consciente, em outras não. O fato é que burlar determinações dos mais variados tipos é algo presente constantemente na vida das pessoas. Os brasileiros até rebatizaram o infringimento de "jeitinho brasileiro", o que para muitos, acredite, é motivo de orgulho, algo como poder de superação e sabedoria de vida.

Burlamos diariamente uma série de leis, embora em geral nos esforcemos cada vez mais para não fazê-lo. Atravessamos a rua fora da faixa e ficamos conversando com a porta do elevador aberta, às vezes sem nos darmos conta. Baixamos da internet músicas, filmes e livros sem pagar um direito autoral sequer, e ainda usamos programas de computador burlados, ou, em linguagem específica, crackeados. Subornamos policiais e outros funcionários públicos e os deixamos serem subornados.

Burlamos também os princípios não formalizados da cidadania, aquela que exige muitas vezes desprendimento, solidariedade e sentimentos humanos que se pautam pelo altruísmo. Subimos ou descemos do ônibus quando ele está fora do ponto, fazemos vista grossa para não ceder lugar a idosos e necessitados, furamos filas imensas por conta de nossa pressa, paramos o carro no meio da rua para ir comprar alguma coisa rapidinho, só porque presumimos essa rapidez. Somos vencidos pela preguiça ou pela desatenção, e, na praia, deixamos o lixinho na areia, em vez de coletá-los e depositá-los no lugar apropriado.

Burlamos, com ajuda química ou não, nosso superego. Ou os entorpecentes químicos o burlam para nós? Enfim, não importa. Não raro emergem das entranhas do nosso pensamento para a nossa consciência muitas lembranças, sensações e atitudes das mais inesperadas, e muitas vezes das mais inapropriadas para o momento, também. Libertamo-nos dos grilhões de nossas próprias mentes quando pensamos diferente, isto é, tentamos ver por uma ótica a que não estamos acostumados, o que dá trabalho.

Burlamos por pressão social, quando outros esperam de nós certas posturas ou nos compelem a fazermos algo para que sejamos os "laranjas", os "testas-de-ferro" no caso de o problema eclodir. Outras vezes, fazem-nos vanguardistas em certas atitudes, para que demos pioneiramente nossa cara a tapa e, caso o tapa aconteça, venha na nossa cara, não na deles. Quase cobaias de laboratório.

Burlamos por descaso social em relação à regra. "Já que todos fazem, por que não posso fazer também"? Simplesmente porque a unanimidade não reflete necessariamente a melhor forma de se proceder e, também, porque o travesseiro tem hábitos noturnos e espera os que têm boa índole. Basta que esses se deitem para que em suas cabeças se desenvolva um turbilhão de pensamentos movidos pelo arrependimento e pela infelicidade, pelas dúvidas do "e se...?" Sofrimento que não muitas pessoas conseguem sofrer, justamente aquelas que lutam para que isso não aconteça.

Burlamos ditames sociais burramente estabelecidos e essas tantas e tantas burlas fizeram com que evoluíssemos. O homem cresceu da transgressão, não da acomodação, e muitas vezes violou leis para que isso acontecesse. Em geral, é claro, ignoraram-se as regras ilegítimas, que, afinal, mais cedo ou mais tarde viriam a cair, visto que legislações que burlam a vontade da população não se sustentam por muito tempo.

O que não podemos burlar é normalmente aquilo que nos atordoa. Não sabemos superar a morte e assim tornamo-la misteriosa, cheia de mitos, histórias e subjetividade. Tentamos (ou não) acreditar que ela possa ser superada, e a isso muitas pessoas dedicam seu tempo e sanidade mental.

Também não burlamos conscientemente a nós mesmos e, nesse ponto, volto à história do travesseiro. Conseguir enganar a si próprio com plena noção de estar fazendo isso é impossível, sendo quase como criar uma realidade paralela em que simultaneamente sabemos e não sabemos quem somos e o que fazemos.

Burlar exige coragem e, acima de tudo, bom senso. Não digo que burlar seja sempre aceitável, mas as regras em geral não são perfeitas e cumpri-las por simples obrigação pode ter conseqüências mais danosas do que não cumpri-las. É necessário também atentar para o infringimento à liberdade alheia, o que, se acontecer, pode deslegitimar qualquer transgressão.

Ressalte-se aí que a única solução eficaz para problemas que advêm de leis e regras em geral não é burlar, medida paliativa por excelência, mas sim alterar essas normas de maneira a adequá-las às mais diversas situações. E ainda assim, burlar pode vir a ser necessário.

PS. Piadinha sem graça: por que seria paradoxal se um dos maiores paisagistas brasileiros defendesse o comunismo?

quinta-feira, 1 de março de 2007

brainstorms #1

Nada como não ter nada para fazer, quando se tem algo pra fazer.

pensamento - inovação - fugir do próprio clichê - lembrança - idéia - lâmpada acesa - criar - transgredir - superar - obra-prima - eternizar-se

gotas - respingos - trovoadas - céu desabando - chuva - são pedro em necessidades fisiológicas n. 1 - guarda-chuva - pisar na poça - deslizamentos - inundação - leptospirose - ficar em casa - ver TV

unhas - pele - marcas - desconforto - agonia - necessidade extremada - coceira - fricção prolongada - alívio

fumacinha - forno - fogão - frigideira - prato - alta temperatura - luvas - mesa - garfo - fome (gula?) - faca - ansiedade - garfo 2 - comida - boca - quente - queimar a língua - gritar - urrar - beber - reclamar - voltar a comer - saciar - preguicinha - sesta


(Ouvindo: Pink Floyd - Us And Them)