GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Postar ou não postar?

Eis que finalmente termino de escrever e vem uma dúvida ingrata: posto ou não posto?
E aí fico pensando por que escrevo. Nunca gostei de escrever para mim mesmo, como alguns fazem. Tudo o que coloco no papel ou no monitor é para transmitir algo a alguém. Geralmente também serve para todos e aí eu simplesmente posto.
Mas escrevo porque gosto, porque preciso, porque me ajuda a compartilhar uma parte do eu que deve trazer algo de bom aos que estão ao meu redor.
Há textos que, no entanto, não são tão facilmente passáveis no crivo postagem. Não porque sejam ruins, até porque boa parte das porcarias vai sem mais delongas para o limbo, mas porque trazem alguma dose de sentimento e intimidade que eu talvez não goste de expor no blog. Não é por meus leitores não serem dignos de saberem minhas emoções, minhas angústias ou meus dramas (até porque não são, enquanto meros leitores), mas porque tudo o que vai para esse blog  pode ser lido por qualquer um conectado à internet.
Na verdade, o problema não são os desconhecidos, para os quais eu sou só mais uma alma na imensidão digital em busca de ouvidos que olham. O problema são os semi-conhecidos ou semi-desconhecidos (depende da boa-vontade), que vivem no limite entre o ser e o não-ser, na situação indefinida entre a certeza e a dúvida, entre o confiar e o desconfiar.
Aliás, há uma categoria pior: os stalkers. Stalkers são aqueles que ficam à espreita. Todo mundo tem um lado stalker, mas em alguns isso aflora mais. Pode-se dizer que após o boom do Orkut, proliferaram-se os stalkers virtuais. Geralmente é aquela amiga do seu amigo, a pessoa da escola ao lado, aquela figurinha batida em boate ou algum vizinho que você sempre cruza no elevador, mas cujos detalhes simplesmente se ignoram. Você sabe o nome, você sabe a vida da pessoa inteira, você apenas nunca trocou uma palavra com ela para dizer que vocês se conhecem. Há casos de stalkeamento recíproco e, nesses casos, tudo o que falta é função fática.Ainda escreverei sobre a função fática, que é o que mais falta na vida em certos momentos. Mas será que eu tenho algum stalker? Gostaria de conhecer. Pode se manifestar. Quem sabe eu ganhe alguma confiança...
Postar ou não postar? Não volto à dúvida, felizmente. Claro que esse texto eu vou postar. Como se não bastasse metalinguagem de escrever sobre o processo de escrever, eu traria mais metalinguagem ainda ao duvidar de postar um texto sobre dúvida de postar? Não, não!

7 comentários:

Unknown disse...

Huahuah esse stalker ta inspirado naquela conversa sobre fuxicar as pessoas no orkut? huahauha.
Gostei do texto, faz sentido.
Todo mundo cria um blog para falar o que pensa, mas nunca consegue falar tão diretamente quando envolve outras pessoas. É contraditório. Você quer dizer mas ao mesmo tempo não quer que saibam. =P
;**

João Manoel Nonato disse...

Comentar ou não comentar?

Vitor Oquendo disse...

É Drummond, você é um exemplo de pessoa reservada, discreta, que não gosta de expor sua vida pessoal...
(O tema dos Stalkers: 'Every Breath You Take' - The Police)

Terra disse...

Finalmente alguém que aplica os itálicos às palavras de origem estrangeira! Contudo, de tão profilático que foi, rompeu um "profileraram-se" por aí.

Felipe Drummond disse...

correção efetuada, meu caro terra.

Analistas do Discurso disse...

Eita menino arretado de bão co'as palavras. Acho que sou um "stalker", aliás, quem nunca foi que atire a primeira...Todavia, prefiro, nesse processo de stalkeamento, aproveitar o que me acrescenta como, por ora, suas reflexões.
"Hasta breve!"

Felipe Drummond disse...

Hahaha que engraçado! hahaha Agora fiquei curioso de conhecer!