Escrevo não mais porque quero só me expressar e mostrar - demonstrar - o quanto eu posso ver o mundo igual de uma forma diferente. Como se eu pudesse ver esse tal do além, essa tal balela do "beyond", tão arrogante quanto o inglês nele impregnado.
Escrevo hoje porque quero despertar empatias e catarses. Empatias, porque quero que o leitor, você, sinta-se no meu lugar. Sinta o meu sujeito que se materializa em emoção no objeto que eu projeto, no texto que se coloca.
Catarses, porque quero que você sofra junto, sofra daquilo que você também tem a partir do despertar do que estava latente.
Quero que você venha me dizer não que eu o tenha convencido de algo, mas que eu tenha feito você sentir algo que você já tenha sentido ou ainda sinta. Quero que você vibre comigo. Quero que você torça junto. E se for pra sentir de fato só depois, que se lembre do que já sentiu virtualmente por aqui.
Quero que o texto seja só o pretexto, a função fática, para a nossa intersubjetividade. Eu e você. Você e eu.
Meus personagens são só canais. Minhas letras são pontes com diferentes contornos. Meu texto é só um texto, que não existiria sem mim... e nem sem você.
As coisas aqui são quase quase como um "So What's Between?". A última palavra do blog deveria ser um x, a ser preenchido com alguma preposição de lugar em inglês.
E omitir a preposição pode ser o melhor comentário para esse texto, se a insolência for a sua resposta.
"So what?"
E eu respondo: nada.
4 comentários:
e um trompete ressona na madrugada
como você foi o único eco do meu desabafo...
Ja tinha um tempo que nao passava por aqui. Andei dando umas flertadas em comentar alguns posts do seu blog, mas nao fiz por temor de ser injusto com algumas coisas.
Mas gostei desse texto. Me pareceu sincero.
Abracos!
Desculpe invadir assim seu blog, mas li o primeiro e não consigo parar.
Espero que não se importe.
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