O copo é objeto fundamental das às vezes etílicas confraternizações sociais, nas quais bater os copos um nos outros é a apoteose do momento.
O copo é um objeto democrático. Todos usam, mesmo que diferentes copos reproduzam as estruturas sociais vigentes, indo desde o copo de requeijão ao cálice da mais nobre vidraria.
O copo é curioso. Em sua lascívia fálica, materializa a promiscuidade. Uma cópola plural. Passa de boca em boca deliberadamente. Experimenta de tudo, em todos. O copo é a via da dispersão: dispersa micróbios, dispersa angústias.
E depois de tudo, quando há copos vazios, de tanto que a cara encheram, o copo vai para a purificação hídrica remir-se de seus pecados.
"Em mão de bêbado, copo fora do escopo é certeza de ex-copo."
GUIA DE LEITURA
Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):
Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
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A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
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Vigília
(os sonhos nos enganam...)
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Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
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(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
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A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)
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