GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O OI-TCHAU

Hay La, Hey Hello-a,
Hay La, Hey Hello-a,
Hay La, Hey Hello-a
Hay La, Hey Hello-a,

O oi-tchau é uma das espécies mais curiosas de cumprimento que há. Acontece quando você é apresentado a alguém no exato momento em que está se despedindo de outrem e indo embora. Às vezes é aquela pessoa que você evitou a festa inteira, por não ter ido com a cara. Pode ser também quem você não percebeu entre a multidão. Ou é a amiga do fulano que acabou de chegar na festa. Pode ser aquela pessoa que você sempre espia pelo orkut, mas nunca falou pessoalmente. Não importa.

O oi-tchau é um flash disparado ao céu: só há efeito tyndall. Um aceno que logo se retrai: parece que nem foi com você. É um bom dia às vésperas de escurecer. Um gol depois que o árbitro já apitou o término.

O oi-tchau, me permitam, é a função fática - a merda da função fática! - natimorta.
Nascimento e óbito na mesma certidão. Início e fim na mesma linha. Letra maiúscula e ponto final lado-a-lado. Se ao menos houvesse alguma certeza quanto ao parágrafo seguinte...

Hay La, Hey Hello-a,
Hay La, Hey Hello-a,
Hay La, Hey Hello-a
Hay La, Hey Hello-a,

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

VACILO

abati-me porque sou humano. e nem o ano novo me fará mudar. e nem uma roupa nova me fará mudar. e nem um carro novo. e nem uma viagem maravilhosa. e nem uma menção honrosa. e nem a mega-sena acumulada (há quem duvide...). e nem um texto libertador. e nem um filme esclarecedor. e nem uma nova profissão de fé. e nem um novo deus.

abati-me porque sou humano: pleno na consciência de um vazio... que às vezes parece cheio por já conformado ou por inconsciente, distraído.

abati-me. e nem as drogas me farão mudar. e nem as farras me farão mudar. e nem as gatas me farão mudar. e nem os amores antigos, mesmo que ressuscitados ao auge.
já os amores novos, quem sabe...
e o tempo, talvez...

que até lá eu não tenha perecido, pelo menos.