GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

CEDENDO LUGAR A UMA GRÁVIDA.

É... o assunto de ceder o lugar permanece rondando minha cabeça. Não levem a mal a ruminância.

Não é novidade dizer que no metrô, no ônibus, no trem e em muitos outros lugares da coletividade urbana há assentos especiais preferenciais para idosos, deficientes físicos, pessoas com crianças de colo e, é claro, para as gestantes.

Não é difícil identificar um idoso: cabelos brancos, rugas, dificuldade pra andar,... são muitos os índices, por mais que seja extremamente difícil precisar se alguns tem mais ou menos que 65 anos. Mas isso é irrelevante, afinal, se a pessoa está com certa dificuldade na locomoção, ninguém vai pedir o documento para comprovar a condição de idoso e assim ceder o lugar.

As pessoas com crianças de colo são o que? Pessoas com crianças de colo. Simples e objetivo.

Os deficientes físicos também se fazem visíveis, seja pelo visível ou pelo invisível: muletas ou membros amputados. Não vale falar cadeira de rodas, pois se o cara preferir sair da cadeira para ir para o assento, já começam a desconfiar, não é?

E uma gestante? Tudo bem... uma gestante com 8 meses fica bem fácil de identificar. Mas e uma gestante com seus 2,3 meses? Com 5,6 meses? Sempre que vejo alguém que tem pinta de gestante, fico muito receoso de levantar e ceder o lugar. Vai que ela é toda encucada com aquela coisa de que "gravidez não é doença"? Vai que ela vai descer na próxima estação e nega a gentileza, me fazendo ficar em pé que nem um idiota?

Mas não é esse meu medo. Eu realmente temo estar diante de alguém que nada está esperando, além do ponto ou da estação em que vai descer. Vai que a suposta grávida nada mais é do que uma gordinha? Não aquelas gordonas, mas uma gordinha, com aquela gordurinha localizada em formato próprio. Como é que eu vou saber? Vou olhar para os seios da mulher, para ver se eles estão inchados? Ai meu Deus, vão achar que eu sou tarado. Vou perguntar se ela é grávida? E se ela encarar isso como uma provação, uma ironia constrangedora?

Levanto ou não me levanto? Pergunto ou não pergunto? Na dúvida... Na dúvida, permaneço na dúvida. Fico a viagem inteira olhando para saber. Se é mesmo uma grávida, estou sendo um babaca. Ela ali precisando sentar, e eu em um conforto do qual sou menos merecedor. Se é só uma gordinha,... como saber?

Avalio mais a tal barriguinha. Não sou conhecedor nem médico, ora bolas. Fico torcendo para ela vomitar, para ela fazer um desejo ultra-especial para a pessoa ao lado, para ela acariciar a barriga com olhar sonhador, para ela atender o telefone e dizer que os dois estão bem, para alguma outra pessoa cumprimentá-la pelo ser vindouro, ... Fico torcendo para ela vir até mim em tom mal-educado - e que seja assim, então! - e falar: sou grávida, pode ceder o lugar para mim?

Nunca teria tanto alívio em ser mal-tratado. E ainda lhe daria os parabéns, do fundo do coração.


"CAUSO" DO AUTOR
No auge de seus 14 anos, Felipe Drummond perguntou à moça da ótica de quantos meses era o filho que ela esperava. Ele jurava que ela estava grávida, mas tinha tanta, tanta certeza, que nem cogitou a hipótese de ela não estar grávida. A resposta foi o "hein?" mais sem jeito e revoltado do mundo. Trauma contado. Próximo!

terça-feira, 17 de junho de 2008

O melhor Sonho-de-valsa da minha vida

Para fugir do tédio das terças-feiras, me mandei para o centro da cidade, onde sempre me aparece algo interessante. Peguei o metrô, onde tive a alegria de encontrar um amigo em plena estação e fomos juntos conversando, sentados. Papo vai, papo vem, e entra uma velhinha no vagão, que, nessa altura, já se encontrava cheio. Logo me prontifiquei a ceder o lugar, que nem reservado era. A senhora agradece gentilmente e ali senta. Fico em pé do lado do banco continuando a conversa, até que sou surpreendido por um sorriso muito gentil e por uma voz doce, de vovó, que se dirige até mim dizendo: "Aceite esse bombom em retribuição à sua boa-educação e à sua gentileza". Seus olhinhos brilharam e os meus também. Agradeci e falei que não fizera nada demais. E não era mesmo. Mas ela acabara de me dar um Sonho de Valsa que teve gosto de Lindt. E nem sei porque joguei o papelzinho fora: não foi um bombom qualquer.

1+1

Estou há um mês sem postar e dessa vez é fácil explicar: estive viajando.
Gostaria de agradecer a todos que não deixaram de visitar o SWB e que não se esqueceram que ele existe. Espero também que tenham gostado dessa repaginada no layout.

Passei três semanas fora do Brasil e pude fazer muitas observações que, à hora certa, depois da reflexão conveniente, serão trazidas a esse espaço.

Aconteceu uma coisa curiosa para mim enquanto pessoa que escreve (escritor fica muito pomposo), que foi a inclusão de um texto de minha autoria (em co-autoria com vários quaisquer do Orkut), o "JÁ ROUBEI NAS LOJAS AMERICANAS" numa prova de Língua Portuguesa da nona série do colégio do qual sou egresso. Foi uma grande honra ser lido por vários estudantes e receber os comentários e o carinho de muitos, que aqui vieram me prestigiar. Muito obrigado. Agradeço também de coração à minha querida ex-professora Tati pela oportunidade, que de certo se inclui em sua proposta pedagógica de mostrar que o ato de escrever não está restrito a grandes nomes de épocas remotas, mas diz respeito também aos perdidos na vida blogueira do tempo presente.

E, por que não lembrar? Hoje o blog fez 2 anos e 1 dia.